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Dinamômetro Carro

14 de Novembro, 2025

A marcha ideal para testes no dinamômetro existe?

Entenda como a escolha da marcha influencia os resultados de potência e torque.


Quando o assunto é medir potência e torque em um dinamômetro automotivo, uma dúvida comum aparece entre preparadores e entusiastas: existe uma marcha ideal para se testar o veículo?


A resposta curta é: sim — normalmente existe uma marcha mais adequada, porém essa escolha não é aleatória. Ela depende de fatores como o tipo de transmissão, relação final, potência do veículo e até o tipo de dinamômetro utilizado.


Neste artigo, vamos explicar como escolher a marcha correta e por que isso influencia nos resultados.


 


 


Por que a escolha da marcha importa?

 


Durante o teste em dinamômetro, o motor transfere potência para os rolos.
Para que a medição seja consistente, é necessário que essa transferência seja estável e previsível.


A marcha escolhida influencia diretamente em:



•    Velocidade do rolo durante o teste
•    Aceleração do motor
•    Perdas por atrito e inércia
•    Precisão dos dados coletados


Marchas muito curtas (1ª, 2ª e às vezes 3ª) tendem a gerar acelerações muito rápidas, dificultando que o sistema de medição registre a curva de potência de forma suave e completa.


A regra geralmente adotada: utilizar a marcha com relação mais próxima de 1:1


A marcha considerada “ideal” para testes costuma ser aquela cuja relação entre o eixo primário e secundário do câmbio é próxima de 1:1.


 


Por quê?

 


Quando a relação é próxima de 1:1:
•    Há menos perdas mecânicas no câmbio
•    A transferência de torque é mais direta
•    A curva de potência tende a ficar mais estável e precisa


Em muitos carros manuais, isso costuma ser:


Modelo de carro


Marcha mais próxima de 1:1


Carros esportivos manuais4ª marcha
Hatch/sedã comum manual 4ª ou 5ª marcha
Transmissões longas3ª marcha pode ser aceitável


Mas é importante destacar: não é sempre a 4ª marcha.
Depende da relação de transmissão de cada veículo.


 


E em carros automáticos?

 


Em transmissões automáticas, especialmente as com conversor de torque ou CVT, a escolha é um pouco diferente.


CVT
•    Ideal é usar um modo que trave a relação, quando disponível.
•    Se não for possível, usar o modo Sequencial / Manual para manter rotações estáveis.


Automáticos tradicionais
•    O ideal é usar a marcha que o câmbio não troca sozinho e que mantenha o giro constante.
•    Muitos veículos contam com modo de bloqueio de troca de marcha via software ou scanner.


Mas transmissão não é tudo — há outro fator importante: temperatura


Quanto mais longa a marcha, maior o tempo de aceleração, e isso aumenta a temperatura de admissão e do motor.


Temperaturas mais altas = potência menor.


 


Por isso, além da marcha correta, é essencial ter:
•    Ventilação eficiente (utilizar ventiladores durante os testes)
•    Tempo de resfriamento entre passadas
•    Monitoramento de IAT / ECT / Óleo


 


Em resumo, sim, existe uma marcha mais recomendada para testes em dinamômetro:
aquela cuja relação é mais próxima de 1:1, pois ela reduz perdas mecânicas e garante um resultado mais estável e fiel.


 


Porém, cada veículo precisa ser analisado individualmente, considerando:



•    Tipo de câmbio
•    Relações de transmissão
•    Ventilação e temperatura
•    Tipo de dinamômetro



A consistência é fundamental: usar sempre as mesmas condições garante comparações precisas antes e depois de ajustes ou modificações.
 


Post atualizado em 14 de Novembro, 2025.

autor

Servitec

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